Foi publicado no site da FGF, na tarde de sexta-feira, o documento oficial do jogo entre Gaúcho e Brasil de Farroupilha, válido pela penúltima rodada, da fase de grupos da Terceirona Gaúcha. O árbitro, Leandro Martins Soares, relatou vários episódios, entre eles um caso de injúria racial, agressão contra a equipe e a apreensão de uma arma de fogo, junto com uma faca.
Na súmula, o árbitro mencionou que após o fim do jogo houve um tumulto envolvendo jogadores, comissão técnica e alguns dirigentes de ambas as equipes. "O tumulto iniciou dentro do túnel de acesso ao campo e estendeu-se até a porta do vestiário da equipe do Brasil de Farroupilha. Não pôde ser verificado pela equipe de arbitragem maiores detalhes do que aconteceu no início do referido tumulto, tendo em vista o policiamento que fazia a segurança dos árbitros, determinar que a equipe permanecesse fora do túnel", diz a súmula.
Soares registrou ainda que o gerente de futebol da equipe do Brasil de Farroupilha, Alosir Sberse, após ser contido pelo quarto arbitro, desferiu empurrões na altura do peito e da barriga do profissional de arbitragem, Jandrei Krammes. "A brigada militar necessitou intervir e conter o Sr Alosir Sberse", afirma a súmula.
ARMA NO VESTIÁRIO DO BRASIL
O árbitro também colocou no documento, disponível no site da FGF, que o técnico do Gaúcho e um jogador da equipe local avisaram a arbitragem da presença de uma arma de fogo e uma faca em posse da equipe adversária.
"Após solicitação da diretoria do Sport Clube Gaúcho, o policiamento presente no estádio, deu início a uma revista individual em todos os membros e no material da equipe Brasil de Farroupilha. Foi encontrado pelo policiamento, dentro da caixa onde o massagista da equipe do Brasil transportava seu material, uma arma branca (faca), logo após, foi encontrado dentro da chuteira de um atleta do Brasil, 02 (dois) carregadores de pistola e algumas munições soltas, o policiamento então, adentrou ao vestiário e seguiu fazendo revista e lá encontrou uma bola cortada e dentro da bola estava uma pistola da marca Taurus, de calibre .380.", detalhou o árbitro Leandro Soares.
Consta na súmula que o proprietário da pistola se apresentou e comprovou ter o registro da arma, porém não possuía porte. Após, o caso ficou a cargo dos órgãos de segurança, já que os envolvidos foram encaminhados a delegacia da cidade de Passo Fundo.
INJÚRIA RACIAL
O árbitro também colocou no documento, a denúncia do atleta Erick, do Gaúcho, de injúria racial. Contudo, não consta na súmula, a denúncia de um jogador do Brasil-Far, que também afirmou, em nota do clube, ter sido vitima do mesmo caso por parte de torcedores do Gaúcho. O jogador do time de Passo Fundo procurou a arbitragem após o jogo, relatando que foi chamado de "macaco" por um profissional do grupo de atletas do Brasil.
"Questionei o Sr Erik Cesar Tobias do Vale Amado porque não procurou a arbitragem tão logo o fato ocorreu, tendo em vista ter ocorrido dentro do campo de jogo e o atleta informou que não informou pois estava de cabeça quente. O Sr Erik Cesar Tobias do Vale Amado informou ainda que iria até a delegacia de polícia para registrar boletim de ocorrência...", conta o árbitro.
Agora, após todos esses relatos, ficará a cargo dos procuradores do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), da Federação, analisarem os fatos da súmula e oferecer denúncia contra os envolvidos.
Imagem: Divulgação/FGF
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