O site peleiafc.com conversou, nesta semana, com Diego Gavilán. Após deixar os gramados como jogador, ele vem trabalhando como técnico. Inclusive, treinou o Pelotas no Gauchão de 2019.
O profissional avalia que a volta do futebol depois de 4 meses parado é muito mais difícil, mas observa um bom nível dos jogos, apesar de todo esse tempo.
"Acho que dentro de tudo, esse retorno mostrou um bom nível de jogo. As equipes estão tentando botar em prática seus modelos de jogo da melhor forma possível. Foram quase quatro meses sem ter treinamento com o grupo, que é muito diferente de treinar sozinho em casa. De uma forma geral as pessoas envolvidas no futebol estão voltando bem, de maneira séria, para que as coisas possam acontecer", pontuou o treinador paraguaio.
Gavilán não está trabalhando em nenhuma equipe no momento. Ele afirma que surgiram algumas propostas, mas com a pandemia tudo parou.
"O importante é que me mantive sempre ativo acompanhando o futebol e tendo a oportunidade de estudar de uma forma diferente o esporte. Obtive a Licença PRO da Conmebol que é a mais alta que um treinador pode obter. Além disso tenho feito outros estudos para me desenvolver ainda mais como técnico, inclusive com a ajuda de grandes treinadores brasileiros como o Muricy Ramalho e Paulo Autuori", contou Gavilán.
Na temporada passada, o treinador comandou o Pelotas na Série A estadual. Ele avalia que os clubes do interior, em especial do Gauchão, vêm se estruturando e crescendo. Ele revela ter vontade de retornar ao Brasil.
"Eu vejo que cada vez mais o futebol do interior do RS tem crescendo. Sempre foi bastante competitivo, o Gauchão é um campeonato bem equilibrado. Grêmio e Internacional que são as equipes mais fortes, tem dificuldades para enfrentam os adversários. Vejo uma evolução no que diz respeito a estruturação desses clubes que ajuda muito no trabalho no dia a dia. Minha vontade é treinar uma equipe aqui no Brasil, seja dentro do estado do Rio Grande do Sul ou em outros estados do país", declarou.
Hoje, o futebol gaúcho tem dois clubes na Série A do Brasileirão, dois na Série B, outros dois na Série C e três na D do nacional. Antigamente era difícil um clube gaúcho do interior em competições nacionais, tirando a dupla CAJU.

Foto: Tales Leal/Divulgação/Pelotas