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Capitães dos clubes da Divisão de Acesso querem o retorno da competição

Os jogadores da Divisão de Acesso aguardam uma definição sobre a competição. São mais de 400 profissionais que estão parados há quatro meses. Tendo em vista esta situação, os capitães dos 16 clubes da Série A2 criaram um grupo no whatsapp. Eles se mobilizaram e pedem o retorno do campeonato.


O site peleiafc.com conversou com o capitão do Internacional de Santa Maria. O experiente meia Chiquinho explicou a situação vivenciada por eles, em meio a pandemia. De forma clara, os representantes dentro de campo querem a volta das atividades com responsabilidade.


"Nosso desejo é que a competição retorne, pois todos nós estamos sofrendo com essa pandemia. O futebol é o nosso sustento é o sustendo das nossas famílias. Entendemos que é primordial que a competição seja definida dentro das quatro linhas e não de outra forma" contou o atleta ao jornalista Tiago Nunes.


Eles decidiram se mobilizar de uma forma mais direta e, assim, passar o posicionamento dos jogadores. Segundo Chiquinho, quase todos os profissionais tiveram redução salarial com a paralisação do futebol.


"Acredito que todos nós estamos sofrendo com essa paralisação. Eu creio que todos os salários dos atletas foram reduzidos quase 50%, uns mais e outros menos. Todo mundo saiu perdendo. Nós estamos sofrendo bastante, temos um planejamento em cima dos valores dos nossos contratos, de uma maneira integral. Essa redução dificultou bastante, porque é o nosso único recurso. Por isso queremos essa retomada de uma maneira imediata", afirmou o meia.


Nos bastidores, os dirigentes falam em dois pontos para a retomada. O primeiro é o planejamento financeiro. A queda de recursos foi imediata, já que patrocinadores também foram atingidos pela pandemia e retiraram os investimentos. O segundo ponto é referente aos protocolos de saúde, distanciamento, viagens e realização de exames.


Questionado sobre esses aspectos, Chiquinho disse que os clubes tiveram tempo para planejar essa retomada e cumprir os protocolos.


"Eu acredito que todos os clubes deveriam estar preparados para o pagamento dos seus funcionários. Eles já deveriam ter uma projeção dos salários. Agora, com a retomada a competição tem que ter um planejamento. Quanto aos protocolos, distanciamento, alojamentos, todo o clube já teve o tempo de se preparar. Foram quatro meses de espera e deu tempo de se planejarem. O desejo nosso é que o futebol do interior comece de uma maneira responsável, gradativa e que aconteça", frisou o jogador.


Conforme o capitão do Inter SM, alguns atletas não estão com remuneração mensal, pois tiveram contratos rescindidos. A grande maioria dos times conseguiu colocar os profissionais na Medida Provisória do governo federal de suspensão de contratos, mas alguns não.


"A gente entende que o tempo urge para todos nós e a expectativa é que venhamos a retornar as nossas atividades, com responsabilidade e respeitando todos os decretos. Assim como outros segmentos estão retornando a sua normalidade, isso pode ser estendido ao futebol do interior também, assim como foi o Gauchão", finalizou Chiquinho.


Na última reunião, os clubes e a Federação mantiveram a suspensão do campeonato, com possibilidade de retorno para o mês de setembro. Entretanto, aumentou o número de dirigentes que são contrários a volta da Divisão de Acesso.


Foto: Renata Medina/Inter SM

 
 
 

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