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"Ela não é fácil de fazer", afirma presidente da FGF sobre a profissionalização da arbitragem

Peleia FC
Foto: FGF/Divulgação

Todo o ano as polêmicas de arbitragem tomam conta dos debates esportivos e das rodas de conversas entre torcedores. O VAR veio como uma ferramenta para minimizar, mas, em determinados jogos, aumenta ainda mais a bronca por causa da interpretação.


Outra grande discussão é quanto a profissionalização dos árbitros. Atualmente, o trabalho dos árbitros é regulamentado pela Lei Pelé, do ano de 1998. Ela define que os árbitros sejam considerados profissionais autônomos, ou seja, sem vínculo formal, exercendo sua atividade por conta própria. A grande maioria dos árbitros têm seus trabalhos diários em outras funções na sociedade e não possuem dedicação exclusiva à arbitragem.


Em recente entrevista coletiva, durante o Gauchão 2025, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, deu sua opinião sobre a profissionalização.


"Eu acho que ela é necessária. Eu só penso que ela não é fácil de fazer. Pelo sistema federativo do Brasil e pela forma como se constrói a carreira de um árbitro, você não tem como, num primeiro momento, uma forma jurídica que poderia fazer dessa maneira. Mas é difícil de você ter quem é o empregador desse árbitro, quem é que vai mantê-lo, como é que um vai ser chamado para a CBF, enfim. Mas eu sei que tem acontecido estudos sobre essa situação", afirmou Luciano Hocsman.


São muitas perguntas sobre uma possível profissionalização para poucas respostas. A grande questão é: quem vai assumir os encargos jurídicos legais? As Federações possuem condições de assumir os árbitros como funcionários? A CBF tem interesse em assumir os "encargos trabalhistas"? É possível criar uma entidade para contratar os árbitros? O dinheiro viria de onde? dos clubes? da CBF?


Antes de uma profissionalização, o presidente Hocsman vê que é preciso padronizar a formação do árbitro.


"Nós temos que criar um modelo de formação de árbitros único. Não pode a comissão aqui do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, de Minas, do Rio, cada um ter o seu processo de formação, o seu curso. É preciso, e aí é um trabalho que demanda tempo. E eu sei que essa ideia está tramitando também dentro da CBF. A partir dali, começar a criar um conteúdo programático para a formação dos árbitros", analisou o presidente da FGF, que completou sobre a profissionalização:


"É possível profissionalizar? É. É preciso sentar e encontrar uma forma jurídica, porque só aqui na Federação (Gaúcha) são quase 200, que são habilitados a arbitrar nossas competições. Então, não é algo que é muito simples, mas acho que a gente tem que caminhar para encontrar um modelo que dê segurança para eles para ficarem dedicados exclusivamente à arbitragem", finalizou o presidente da FGF.


Pela legislação atual, os árbitros são considerados prestadores de serviços. Desta forma, eles só recebem quando atuam nas partidas.

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