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Grupo de funcionários demitidos do Brasil-Pel publica carta

No final do ano de 2022, o vice-presidente do Brasil de Pelotas, Ricardo Fonseca, anunciou que o clube havia quitado três meses de salários atrasados dos atuais funcionários do Xavante. Entretanto, com um grupo de ex-colaboradores a situação é diferente.


Em novembro, cerca de nove funcionário do clube foram demitidos nos mais diversos setores do Estádio Bento Freitas. No começo deste ano, o grupo divulgou uma carta afirmando que ainda não receberam os valores devidos, incluindo rescisão, FGTS, férias e décimo.


"A promessa repassada pelo mandatário e diretores foi que até o final do ano tudo seria resolvido. Essa carta é um apelo público para que resolvam essa situação. Três salários atrasados, férias, décimo terceiro proporcional, rescisão de contrato, fundo de garantia atrasado e fundo de garantia rescisório são os valores que estão pendentes de todos os dispensados, e nada foi pago até agora. Já são quase dois meses", diz parte da nota.


Nas redes sociais, o clube não se manifestou oficialmente sobre o caso. Ao jornal Diário Popular, uma das situações citadas para o atraso está atrelada ao baixo número de vendas de camisa promocional para arrecadar os recursos.


CARTA DOS EX-FUNCIONÁRIOS NA ÍNTEGRA


Entre os dias 7 e 21 de novembro, nove funcionários do Grêmio Esportivo Brasil foram demitidos. Funcionários de vários departamentos do clube – futebol, categorias de base, administrativo e comunicação –, e dos mais diversos períodos de trabalho – de um até catorze anos.


Os colaboradores dispensados nunca deixaram de cumprir suas obrigações. Muito pelo contrário, pois nos últimos dois anos sempre trabalharam com salários atrasados e jamais deixaram que isso comprometesse o andamento das tarefas e da instituição.


O motivo que levou os mesmos a tornarem público esta situação é que até o momento nenhuma obrigação por direito foi cumprida pelo clube. A direção tampouco chamou os ex-funcionários para esclarecimentos e/ou tentativa de acordo, e aqueles que foram até o estádio não foram atendidos. A promessa repassada pelo mandatário e diretores foi que até o final do ano tudo seria resolvido. Essa carta é um apelo público para que resolvam essa situação.


Três salários atrasados, férias, décimo terceiro proporcional, rescisão de contrato, fundo de garantia atrasado e fundo de garantia rescisório são os valores que estão pendentes de todos os dispensados, e nada foi pago até agora. Já são quase dois meses.


Lembramos que final de ano é um período que despende maiores quantias para todos – contas, impostos, Natal, Ano Novo etc – e qualquer reserva feita não acompanha o ritmo nem dura para sempre.


Todos são sabedores das dificuldades que o clube vem passando, e em momento algum, a intenção foi de prejudicar o planejamento da agremiação. Mas trabalhadores têm direitos. E esses direitos não foram cumpridos. Um Brasil de Todos precisa ser de todos mesmo: da torcida, dos jogadores, dos funcionários e de quem já deixou o clube e merece respeito.

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