O IBOPE Repucom divulga a edição 2020-21 do estudo que tem como objetivo mapear os patrocinadores de uniforme dos clubes presentes na série A, organizando-os por propriedade (local de aplicação da marca) e respectivo segmento de mercado, possibilitando uma visão ampla e detalhada sobre o mercado de patrocínio nas camisas da elite do futebol nacional.
Desde o início de 2020 até o término do Brasileirão, em fevereiro deste ano, os 20 clubes da Série A estamparam 145 patrocinadores diferentes em seus uniformes, praticamente o mesmo volume em relação ao ano anterior (144) e mantendo a média em cerca de marcas por clube. Além da manutenção do volume de marcas patrocinadoras, outro fato favorável é que cinco em cada dez marcas que patrocinaram algum clube em 2019, seja em patrocínios regulares, pontuais ou fornecedores de material esportivo, permaneceram como patrocinadoras em 2020, índice relevante visto o cenário altamente desafiador de 2020. Apenas como comparação, a taxa de permanência em 2019 foi de 40% em relação a 2018.
SEGMENTOS
O segmento “imobiliário, construção e acabamento” dominou em volume de marcas diferentes nos uniformes nos clubes da Série A. O setor apresentou um salto de 56% em relação à 2019 e totalizou 25 marcas únicas em 2020. Destaca-se a categoria de Tintas, que contou com 5 marcas diferentes patrocinando times no último Brasileirão.
O segmento financeiro, que em 2019 foi o setor com mais marcas nos uniformes, no último ano foi para a segunda posição. Seja com bancos tradicionais e digitais, financeiras, consórcios, capitalização, seguros ou meios de pagamento, o setor financeiro totalizou 20 marcas diferentes investindo na elite do futebol nacional na última temporada. O volume é 13% menor que o identificado em 2019, quando 23 marcas diferentes do segmento financeiro marcavam presença nos uniformes da Série A.
No contexto de um momento de pandemia, o setor de Serviços de Saúde foi o terceiro em volume de marcas nas camisas dos clubes da Série A. Ao todo, foram 17 marcas diferentes entre laboratórios, planos de saúde, clínicas e farmácias, uma variação de 90% em relação ao ano anterior, o maior índice de crescimento entre todos os setores.
Arthur Bernardo, Diretor de Desenvolvimento de Negócios do IBOPE Repucom, comenta que “os desafios impostos de maneira abrupta pela pandemia geraram consequências financeiras importantes ao futebol mundial, e forçaram transformações que já estavam em curso, como o foco no digital e na geração de conteúdo inédito e de qualidade para o torcedor. A manutenção dos patamares de 2019 em volume de marcas e a taxa de permanência de mais de 50% das marcas de 2019 são fatores de ânimo em um cenário em transformação. Com previsão ainda incerta sobre o fim da pandemia e normalização das atividades com público, os principais desafios para 2021 passam pela exploração de setores aquecidos pelas novas necessidades dos consumidores e, principalmente, pela excelência na entrega de valor em uma gestão centrada na criação de conteúdos digitais atrativos para o fã, buscando a conquista de novos e retenção de atuais patrocinadores”.
Foto de capa: Fernando Torres/CBF/Divulgação
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