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Jogador é expulso por suposta injúria racial na Terceirona

Foto do escritor: Peleia FCPeleia FC

Dois dias após a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) lançar a campanha "Protocolo Zero: Fim de jogo para o racismo", a Terceirona Gaúcha registrou um suposto caso, o segundo desde o começo da última divisão estadual.


O árbitro Vinicius Jardim Oliano relata na súmula de Rio Grande e Farroupilha, que expulsou o atleta Jean Roberto, do Farroupilha, "por empregar linguagem e/ou gesticular de maneira ofensiva, grosseira ou abusiva". A partida terminou com vitória do time de Rio Grande por 2 a 0.


"O atleta Jean Roberto Souza da Silva, após a marcação de uma penalidade máxima contra a sua equipe, reclamou de maneira acintosa e foi advertido com cartão amarelo. Após isso foi até o assistente número 1, senhor João Fabricio Cardoso Dornelles e perguntou se realmente havia sido pênalti, ao ser confirmado que sim o mesmo desferiu as seguintes palavras ao assistente: 'Nego tem que trabalhar em obra', momento que ao ser avisado pelo assistente prontamente expulsei ele de campo", relata o árbitro em súmula, que completa sobre o atleta ter o procurado negando a afirmação:


"Após ser expulso o mesmo dirigiu-se novamente ao assistente João dizendo que não havia falado e que a esposa dele era negra tendo que ser contido pelos seus companheiros de equipe para sair de campo. Ao se retirar de campo saiu fazendo gestos obscenos com as mãos, levantando os dedos do meio de ambas as mãos para a torcida adversária", declarou o árbitro.


Conforme o documento, o assistente João Fabricio Cardoso Dornelles dirigiu-se até o policiamento que estava de serviço no estádio e comunicou que gostaria de representar contra o atleta pelas ofensas ao qual ele havia passado. A súmula detalha ainda que o atleta Jean Roberto também quis representar contra o assistente.


Ambos foram encaminhados primeiramente a UPA de Rio Grande para realizarem exame de corpo de delito, conforme protocolo e posteriormente a delegacia da Polícia Civil de Rio Grande. Após ser feito o interrogatório com o assistente João e com o árbitro Vinícius foi gerado o boletim de ocorrência.


"Ao sairmos da delegacia fomos informados pelos policiais responsáveis que o atleta estava sendo detido na delegacia pelo fato ocorrido", finaliza o árbitro na súmula.


No documento oficial do jogo, que está disponível de forma pública no site da FGF, o auxiliar também detalha o acontecido. O assistente afirma que foi ofendido pelo atleta. Já o jogador negou a fala, conforme o próprio relato da súmula.


"Após ser advertido, o referido atleta, de frente para mim, perguntou se havia sido pênalti. O que confirmei e o mesmo proferiu as seguintes palavras: 'Nego tem é que trabalhar em obra'. Me senti ofendido, chamei o árbitro e relatei o fato. O mesmo expulsou direto o jogador, que veio em minha direção com o dedo em riste apontado no meu rosto dizendo "Eu não falei nada, a mãe dos meus filhos é preta". Foi contido pelos companheiros e equipes e ao sair do campo de jogo, fez gestos obscenos em direção da torcida adversária", declara.


Imagem: Divulgação/FGF

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