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Jogador é preso na Terceirona Gaúcha com arma de fogo

O Brasil de Farroupilha venceu, na tarde de quarta-feira, o Gaúcho, em Passo Fundo, pelo placar de 1 a 0. Contudo, a partida terminou na delegacia da cidade. Um atleta do time da serra gaúcha foi preso por ameaça com arma de fogo contra jogadores do time local. A confusão teria iniciado após um ato de injúria racial depois do apito final do árbitro. A súmula do jogo ainda não foi divulgada no site da Federação Gaúcha de Futebol.


Um zagueiro do time de Passo Fundo teria sido chamado de macaco por um atleta do Brasil. O defensor teria ido tirar satisfação, quando houve uma briga generalizada na Arena BSBios. Neste momento, um jogador do time visitante teria aparecido armado.


Após a Brigada Militar ter sido chamada, a delegação visitante foi revistada. Os policiais encontraram uma pistola dentro de uma bola, uma faca e dois carregadores. O jogador que se identificou como dono da arma foi preso. Na delegacia foi firmada a fiança de mil reais e após o pagamento, o atleta foi liberado. Também foi registrada ocorrência de injúria racial.


O QUE DIZ O BRASIL


O presidente do Brasil de Farroupilha se manifestou sobre o caso através de uma nota encaminhada para a imprensa. Elenir Luiz Bonetto lamentou o caso de injúria racial e disse que um do Brasil também foi vítima da mesma acusação.

"Com relação as acusações de injúria racial reivindicada pelo atleta do S.C. Gaúcho, respeitamos, porém lamentamos e estranhamos que ela tenha sido atribuída a um atleta da nossa instituição poucos momentos após o também nosso atleta Darlan Noronha Lopes ter sido vitima de tal fato por parte de torcedores e de atletas do S.C. Gaúcho. Dessa forma podemos afirmar que desconhecemos tal acusação com relação a atitude de nosso atleta, mas mesmo assim não iremos medir esforços para apurar e contribuir com a resolução deste fato. Porém lamentamos veementemente as ofensas racistas recebidas pelo nosso atleta Darlan, e presenciadas por grande parte de seus colegas atletas e equipe técnica, fato este que nos entristece e de certa forma nos revolta", diz a nota.


Bonetto também reforçou que o clube é uma entidade com mais de 80 anos de existência e que sempre prezou por valorizar as diversidades. A prova disso que o Brasil se orgulha de contar com inúmeras etnias e nacionalidades, até mesmo na questão de gênero, "sendo a única equipe da Serra Gaúcha a disputar o Campeonato Gaúcho de Futebol Feminino", conta o presidente.

Sobre a outra denúncia, o clube afirmou estar apurando internamente o caso. "Em tempo, também afirmamos que estamos apurando internamente as denúncias criminais contra o também atleta Luiz Carlos e nosso departamento jurídico está atento e atuante em ambos os casos para que os fatos sejam esclarecidos e a verdade e a transparência sejam apuradas para o bem das duas tradicionais agremiações do nosso interior", finalizou o clube.


Foto: Divulgação/BM

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