Na última sexta-feira, o Caxias convocou uma entrevista coletiva para explicar o afastamento do atacante Juliano. A medida se deu de forma preventiva, pois o atleta foi notificado por um suposto caso de doping ainda quando jogava o Paulistão Série A2 pelo XV de Piracicaba.
Após sua saída do São José, o jogador ficou sem contrato e teve uma crise de enxaqueca. Ao consultar com um médico particular, lhe foi receitado o remédio Neosaldina. Contudo, o medicamento contém uma substância estimulante, a isometepteno, que não é permitida no esporte. Logo na sequência, ele foi contratado pela equipe paulista e teve um exame positivo, conforme o médico do Caxias Ricardo Lessa.
"O Juliano ainda não foi punido e talvez não será, pois ele tem toda uma documentação que prova que ele não fez uso durante a competição. O Juliano está em período de resposta ao processo. O Caxias não corre risco. Ele precisa estar focado em uma defesa e a gente não viu o processo. Então, o departamento médico e o departamento jurídico do clube preferiu manter ele afastado até que tenhamos a garantia jurídica que o Caxias não seria prejudicado", declarou.
Agora, o atleta irá focar a sua defesa e disse ter todos os documentos que comprovam o uso enquanto não estava empregado. Desta forma, o jogador não atua pelo Caxias nas próximas rodadas da Série D. Durante a coletiva, Juliano declarou que recebeu a informação com surpresa.
"Eu recebi com surpresa. Sou leigo para essa questão de medicamento. Eu vejo na TV todos os dias a propagada da Neosaldina, e até no momento que fui ao médico eu estava desempregado. Não tinha conhecimento o que poderia ou não tomar. Fui ao médico e ele me passou a medicação. Estamos trabalhando com os meus advogados para resolver o mais rápido possível. Estou pensando em me defender e ficar à disposição do Caxias o mais rápido possível", declarou o atleta.
Foto: Vitor Soccol/S.E.R. Caxias
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