Presidente da FGF fala sobre possibilidade de unificação da Terceirona com a Divisão de Acesso

Foto: Max Peixoto/FGF

A Terceirona Gaúcha começou neste final de semana. Neste ano houve uma redução de 50% no número de participantes na competição. Apenas oito equipes disputam duas vagas à Divisão de Acesso. O torneio não tem um número fixo de participantes. Como é a última divisão do estado, os clubes federados, sem divisão, podem jogar, mas devem cumprir as exigências do regulamento.

Em entrevista ao Jornal A Hora do Sul, o presidente Luciano Hocsman, da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), falou que este foi um dos motivos pelo número reduzido de participantes.

“Tivemos que exigir exatamente aquilo que a legislação determina, a questão do alvará dos Bombeiros e os laudos que a legislação exige. Não dá pra gente na sexta-feira ter que ficar encontrando de alguma maneira um campo pra um clube jogar uma competição profissional. Isso fica ruim para imagem da competição, dos clubes e da federação”, argumentou o presidente ao Jornal A Hora do Sul.

EXTINÇÃO EM DEBATE?

Com a pouca participação das equipes, muitos se questionam o quanto vale ainda realizar a Terceirona Gaúcha, que tem um limite de idade para a inscrição de atletas. Uma extinção da competição acabaria gerando um reflexo direto na Divisão de Acesso, que tem o número fixo de 16 clubes. Isso pode gerar um grande problema em uma competição que já está bem consolidada, a Série A2. Segundo o presidente Luciano Hosman a extinção da Terceirona seria um processo complexo. Ele ainda falou se o time é debatido internamente o tema.

“Vamos avaliar. A fusão de duas séries é um processo complexo. Não basta achar que agora simplesmente tem duas, três equipes, especialmente porque a Terceirona é uma competição de adesão. Esse ano teve oito, ano que vem pode ter dez, 12, 15, 20, a gente não sabe. Não é simplesmente um canetaço do presidente pra que tu possa juntar duas séries. É preciso verificar legislação, estatuto da federação”, complementa.

Os orçamentos das equipes que disputam a Terceirona Gaúcha são muito inferiores aos da Divisão de Acesso. Enquanto teve time pagando folha de Gauchão na Série A2, a Série B do Gauchão (Terceirona) tem orçamentos mínimos, que não passam dos dois dígitos e usam atletas sub-20 para reduzir ainda mais os custos. O desequilíbrio financeiro de poder investimento entre as equipes é grande.

Atualmente a Federação auxilia os clubes da última divisão em alguns pontos. A entidade não cobra taxa de borderô e banca parte da arbitragem das partidas. Os clubes pagam um valor e o restante é completado pela FGF. Além disso, a FGF isenta os clubes nas inscrições de até 20 atletas.

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