No Conselho Técnico da Série A, os dirigentes dos clubes participantes do Brasileirão aprovaram um limite na troca de treinadores durante a disputa do Campeonato Brasileiro.
Proposta defendida pela CBF há três anos, a regra foi aprovada por maioria e valerá tanto para clubes que queiram demitir seus treinadores quanto para técnicos que peçam demissão de seus times.
"É um grande avanço do futebol brasileiro, que fará bem tanto aos clubes quanto aos treinadores. Vai implicar em uma relação mais madura e profissional e permitir trabalhos mais longos e consistentes. É o fim da dança das cadeiras dos técnicos no futebol brasileiro", enfatizou Rogério Caboclo. "Significa organização administrativa e planejamento financeiro", completa o presidente da CBF.
JUVENTUDE VOTA CONTRA
A votação foi apertada, mas a proposta passou com 11 votos favoráveis e 9 contrários. O Juventude votou contra a medida. Durante a transmissão de Juventude e Grêmio, pelo Gauchão, o presidente do Juventude participou da transmissão da TV Papo By Bitcom e comentou a decisão.
"O Juventude foi um dos votos contrários. Nós entendemos que isso deveria ser melhor discutido. Existem aspectos mais relevantes. Essa questão da limitação, o mais importante que isso seria o fair play financeiro. Os clubes teriam que trabalhar mais focados nessa questão e daqui a pouco para ti contratar poderia ser colocado no regulamento que tu tens que pagar o que está saindo. Pode ser um início de uma evolução, mas ainda é embrionário. É difícil um técnico pedir demissão. Vamos ter muitos pedidos de demissão, acordos, para não contar. É um início, tentativa, mas ainda muito incipiente. A gente teria que trabalhar e discutir mais isso. Quem sabe se for para criar um limitador, a gente não deveria colocar isso de for demitido ou pediu demissão. Se tu quer limitar, limita dois técnicos independente de ser demitido ou pedir demissão. O objetivo dessa questão foi que têm clubes hoje pagando cinco técnicos. Acredito que a moralização passa pelo fair play financeiro. Mas vamos ver como essa medida se comporta", comentou o presidente Walter Dal Zotto Jr.
NOVA REGRA
O clube começará o Brasileirão com um técnico inscrito e, caso demita este treinador, poderá inscrever apenas mais um técnico. Em caso de segunda demissão, o profissional substituto tem que estar trabalhando no clube há pelo menos seis meses. Em caso de pedido de demissão por parte do treinador, o clube não sofrerá limitação para inscrever um novo técnico.
O técnico, uma vez inscrito no Brasileirão por um clube, só poderá se demitir uma vez, caso queira treinar outra equipe que dispute a competição. Se pedir demissão novamente, ele não poderá ser inscrito por outro time. Se for demitido pelo clube, o técnico não sofrerá nenhum tipo de limitação quanto à sua contratação por um novo time.
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