Presidente do Pelotas diz estar cansado, cita erros "gravíssimos" pela queda e comenta o futuro para 2025 e 2026

Foto: Lucas Rhamon/Pelotas

O momento é de reflexão no futebol pelotense. Os dois clubes da elite do Gauchão foram rebaixados à Divisão de Acesso. No Estádio da Boca do Lobo, a ferida da queda começou a cicatrizar. O Pelotas encerrou a sua participação no Campeonato Gaúcho com uma vitória na última sexta-feira, por 2 a 1, sobre o São José.

Após o jogo, o presidente do lobo, Rodrigo Brito, falou pela primeira vez sobre a queda. Ele classificou como fracasso o rebaixamento e afirmou que o clube cometeu erros determinantes.

"Sabemos que cometemos erros fundamentais que não poderiam ser cometidos. Isso acontece muito por times que sobem e carregam uma herança. Conseguir se firmar é difícil. Tentamos de todas as formas que isso não acontecesse. Lutamos com que tínhamos. Cometemos erros gravíssimos, que nos custaram a vaga no Gauchão. Não vão ver o presidente dizer que está arrependido disso e aquilo. O lugar do Pelotas não é na Divisão de Acesso. Vamos trabalhar para voltar", refletiu Brito.

O principal ponto citado pelo dirigente foi a montagem do elenco de jogadores. Segundo o mandatário, o Pelotas apostou em jogadores que não renderam o esperado na primeira divisão. Ele ainda ressaltou que o clube está com a sua área administrativa sem problemas. Porém, criticou outra situação, o "fogo amigo" interno.

"A parte administrativa do Pelotas está em dia. Tivemos erros em apostar em jogadores que achávamos que iam dar resultados e não deram. Tivemos erros na montagem do elenco, que não supriu a necessidade da primeira divisão. Tivemos jogos aqui atuando melhor que o adversário e não vencemos. Posso dizer que o meu sentimento hoje é de estar muito cansado. O Pelotas precisa de mais mãos. Pelotas precisa de menos fogo amigo. É uma função que exerço como presidente com orgulho, mas os erros que cometemos foram muito desgastantes para mim e a diretoria", declarou.

FUTURO NA BOCA DO LOBO

O presidente Rodrigo Brito não quis apontar culpados pela queda no Gauchão. Ele citou que um problema para o clube foi não ter um calendário longo para negociar com atletas. O mandatário comentou também sobre o futuro do Lobo. Ele defende a participação do Pelotas na Copa FGF, no segundo semestre.

"Sempre disse que clube de futebol tem que jogar. Com essa campanha de sócios a torcida abraçou, aumentamos o número de sócios. A única forma de fidelizar é continuar jogando. Não é fácil arrumar dinheiro para jogar uma competição deficitária. Temos que ter responsabilidade fiscal com o Pelotas. Não podemos gastar mais do que ganhamos. Conversei com o Alessandro Telles, a nossa intenção é jogar a Copinha para ter uma base para jogar a Divisão de Acesso", finalizou.