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Time se retira de campo antes do fim da partida na decisão do título do Interior do Gauchão Feminino

Imagem: Reprodução/FGF TV

Um fato nada comum ocorreu no jogo entre Juventude e Brasil de Farroupilha na disputa do título do interior do Gauchão Feminino. A partida realizada no Estádio do Sesi, em Caxias do Sul, na quarta-feira, terminou antes dos 90 minutos de partida.


Aos 35 do segundo tempo, a goleira do Brasil de Farroupilha Gabi rebate uma bola para o setor de ataque, a goleira do Juventude retoma a bola e dá um chutão. Neste momento, o Juventude começa um ataque. A camisa 1 do Brasil fica agachada, levanta e cai. Mesmo assim, a meia-atacante do alviverde Kety prossegue o ataque e, com a goleira caída, faz um gol de cavadinha.


As jogadoras do Brasil reclamam com a árbitra Bruna de Miranda Martins, que não paralisou o jogo. A falta de fair play revoltou o time visitante. Após 10 minutos de paralisação, o time decidiu se retirar do campo. Sem conseguir caminhar, Gabi saiu de campo carregada pelas companheiras e foi levada ao vestiário.


VÍDEO



NOTA DO BRASIL


A SERC Brasil vem a público manifestar seu total repúdio à condução da arbitragem pela Sra. Bruna de Miranda Martins na partida contra o E.C. Juventude, pelo Campeonato Gaúcho Feminino, nesta quarta-feira, 20 de novembro.

Após um lance grave envolvendo a lesão da goleira Gabi, o atendimento solicitado foi negado pela árbitra, que deixou a partida seguir mesmo diante das insistentes reivindicações das atletas, da comissão técnica e do departamento médico.

O erro se agravou quando, observando o ataque do adversário, a árbitra permitiu a continuidade da partida, culminando em um gol marcado enquanto a goleira permanecia imóvel no chão, necessitando de atendimento emergencial. Gabi precisou ser retirada de campo e encaminhada diretamente ao socorro médico.

Fatos como esse são inadmissíveis. Uma arbitragem sem comunicação eficiente, conhecimento e preparo. Em protesto, decidimos retirar nossa equipe de campo, recusando-nos a aceitar uma regra negligente e injusta. Fizemos isso com a consciência de quem atua no futebol feminino há oito anos ininterruptos, participando de todos os Campeonatos Gaúchos organizados pela FGF e sendo referência no interior do estado.

Trabalhamos pela valorização da modalidade, da mulher e da igualdade – por convicção, e não por obrigação. Nossa cidade e comunidade respiram o futebol feminino, e assumimos a responsabilidade de defender sua integridade.

Reconhecemos o trabalho e a campanha do E.C. Juventude, que já vencia por 1x0 no momento do ocorrido. Contudo, repudiamos a falta de fair play da atleta número 18, que concluiu a jogada mesmo diante da clara situação de lesão. Ainda assim, a responsabilidade é da arbitragem, que deveria ter invalidado o lance.

Clamamos por respeito à modalidade que tanto amamos e fomentamos. Que cessem os “disfarces” de valorização e que o compromisso seja genuíno.

Esperamos que nossa postura inspire o futebol feminino a não mais se calar diante de malefícios e injustiças, tanto dentro das quatro linhas quanto na sociedade em geral.
 
 
 

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