Para driblar a crise da pandemia, a criatividade é quem entra em campo. O União Frederiquense debateu uma reunião conselho deliberativo um projeto inédito no futebol gaúcho. O clube pretende vender o seu estádio à torcida.
Durante entrevista à Rádio Imembuí, de Santa Maria, o presidente Edson Cantarelli detalhou o projeto. A campanha será lançada para angariar recursos. A ideia já foi aprovada pelo conselho deliberativo.
"Amadurecemos uma ideia que vamos clubes do Brasil vão ter que começar a pensar. Temos vários clubes com bons estádios. Mas não adianta ter uma bela estrutura e não conseguir pagar a conta da luz no final do mês. Hoje a Arena do União já é 30% do sócio remido patrimonial, comprou títulos a 25 mil reais e são donos de meio por cento do patrimônio. O que vamos fazer com os outros 70%, vamos passar para o torcedor. Nossa ideia é que o clube não precisa ser dono do seu estádio. Ele precisa ter um local para jogar. Nada mais justo que o estádio ser do torcedor, da sua comunidade", declarou o presidente à repórter Angélica Varaschini.
Com a venda de 500 cotas, o União Frederiquense pretende ter um grande fôlego financeiro após a pandemia do covid-19. O foco inicial será para os sócios. O clube possui 314 associados. O valor das cotas ainda está sendo definido, mas deve ficar na casa dos R$ 3 mil. Assim, os torcedores serão donos do patrimônio do clube e terão direito a uma cadeira cativa no estádio.
Com a venda de todas a cotas, caso o valor de 3 mil seja confirmado, o clube levantaria o montante de R$ 1,5 milhão. Recurso que ajudaria na colocação de iluminação e criação da uma área coberta nas cadeiras cativas. O projeto deve ser lançado ainda em 2020, quando o clube completa 10 anos.
Foto: Divulgação/União
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