A partida entre Bagé e São Paulo terminou na delegacia, mas não por algum incidente durante os 90 minutos. Com bola rolando, o time de Rio Grande venceu por 3 a 1. O jogo era válido pela 2ª rodada da Divisão de Acesso. O árbitro Eduardo Fernandes Bastos, da cidade de Pelotas, colocou em súmula uma situação envolvendo torcedores do Bagé.
Conforme Bastos, por volta das 18h45, após o jogo, o grupo escalado para o jogo estava prestes a deixar o estádio quando foram informados que a Brigada Milita já havia deixado o local, pois tinha terminado o turno da equipe escalada para dar segurança ao jogo.
"Nesse momento, o diretor Darlan Berneira do G.E. Bagé, disse que iria até o carro conosco, que estava nos arredores do estádio Pedra Moura, quando chegamos no carro cerca de 20 torcedores identificados com a camisa do Bagé, foram em direção ao carro, e começaram a gritar nos xingando e nos ofendendo", declarou em súmula o árbitro.
Segundo o documento oficial da partida, os profissionais do apito tentaram entrar no carro e os torcedores começaram a cuspir e jogar cerveja. Logo na sequência começaram as agressões.
"Nesse momento os torcedores começaram a chutar o carro, me agrediram com um chute nas costas, acertaram um soco de raspão no assistente Rodrigo Tedesco e jogaram um copo plástico com cerveja no assistente André Peil, quando entramos no carro os torcedores chutaram mais varias vezes o carro, amassando as 2 portas traseiras do carro, a porta dianteira direita, o para-choque traseiro e o paralama traseiro direito", detalhou Bastos.
O dirigente do Bagé ainda tentou afastar os torcedores, mas não conseguiu. O árbitro disse que foi a delegacia da cidade para fazer um Boletim de Ocorrência (BO). As fotos e o registro policial foram anexados na súmula.
Em nota, o Sindicato dos Árbitros do Estado do Rio Grande do Sul se manifestou e repudiou o ato contra a arbitragem.
"O SINDICATO DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – SAFERGS, vem a público REPUDIAR com veemência as covardes e desproporcionais agressões sofridas pelos árbitros – associados ao SAFERGS –, após a realização da partida disputada no dia 8 de março de 2020, válida pelo Campeonato da Divisão de Acesso 2020, envolvendo as equipes do G.E.BAGÉ X S.C. SÃO PAULO"
A entidade cobra que os responsáveis sejam identificados para responderem na área desportiva, civil e criminal. O Bagé ainda não se pronunciou sobre as agressões aos profissionais.

Imagem: Divulgação/FGF