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Após trabalhar como Uber, jogador comemora retorno ao futebol

A Copa FGF vai gerar mais de 330 empregos diretos aos profissionais da bola no Rio Grande do Sul. Só de jogadores são cerca de 275 empregos garantidos com os 11 clubes que vão entrar em campo na competição a partir de 8 de novembro.


Alguns atletas estão há sete meses sem trabalhar. O site peleiafc.com acompanhou o drama de parte dos jogadores. Um dos profissionais foi o volante Lúcio Rassier, ex-Igrejinha. No auge da pandemia, durante uma live do Peleia FC, o jogador havia relatado o drama que estava passando.


"Aqui em Porto Alegre tu fica praticamente 8 horas para fazer no aplicativo R$ 60, aí desconta a gasolina, sobrou 20 reais. Dá para comprar o pão e o leite e não sobra nada. Eu, hoje, se abrir meu armário de alimentos tenho o que minha mãe me deu, duas cestas básicas. A gente reza para não dar nenhum problema de saúde, pois a gente não sabe o que fazer", desabafou o jogador.


Com a Copa Ibsen Pinheiro, o volante foi contratado pelo Bagé. Ele já se apresentou no estádio da Pedra Moura. Durante as últimas semanas, o atleta treinava no Centro de Treinamento do Sindicato dos Atletas na zona sul de Porto Alegre. Ele conta que ficou emocionado após a notícia de que o Bagé estava interessado em contar com seu futebol.


"Eu estava saindo de mais um dia de treino no CT do sindicato dos atletas na zona sul de Porto Alegre, peguei meu telefone é tinha um áudio do meu representante (QL3 esportes) falando que tinha uma notícia boa, perguntou se eu tinha interesse em estar indo para o Bagé, eu fiquei no primeiro momento emocionado, passando um filme na cabeça em fração de segundos e prontamente falei que eu iria no dia seguinte se fosse preciso", comentou.


Rassier vinha treinando no Sindicato com as orientações do técnico Daniel Franco e o preparador físico Márcio Telles. Ele treinava três meses por semana com trabalho específico em campo reduzido e duas vezes por semana trabalhos de força e intensidade. Além disso corria em média 10 Km por dia.


"Hoje nós que moramos em Porto Alegre estamos tendo o privilégio de ter todo o suporte do sindicato dos atletas e a comissão técnica montada por eles para estarmos treinando, podendo chegar melhor preparado fisicamente e tecnicamente nos clubes", lembrou o jogador.


No Bagé, Rassier vai ser treinado por Claiton, ex-jogador do Internacional. Ele não esconde a admiração pelo técnico.


"É um orgulho trabalhar com o professor Claiton, sou colorado e não fico em cima do muro. Eu via meu vô, meu pai torcendo para o Inter na época em que ele jogava. Hoje tenho a oportunidade de ser treinado com ele, é um orgulho não só pra mim mas para os colorados da nossa família", declarou.


Durante a pandemia, além de trabalhar como motorista de aplicativo, Lúcio abriu uma loja online de artigos esportivos. Ele comemora o retorno do futebol, mas também lamenta pelos colegas de profissão que ainda seguem desempregados.


"Eu no início da pandemia estava trabalhando como motorista de aplicativo mas as coisas também não estavam boa, acabei fazendo um curso online de importação e tive a oportunidade de abrir uma loja online pelo Instagram onde estou vendendo produtos importados por encomenda, maior parte dos produtos são artigos esportivos e é o que vem colocando a comida na mesa da minha família, nós jogadores fomos muito afetados, não é somente o desemprego, mas tem toda a parte física e psicológica que agora com a retomada do futebol no estado podemos aos poucos retomar a nossa atividade principal", comentou o volante Lúcio.


Foto: Divulgação/Igrejinha

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