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Brasileirão: VAR já fez 764 checagens com 87 revisões

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, apresentou a árbitros e jornalistas, no auditório da CBF, nesta segunda-feira (19), um balanço com dados estatísticos do Árbitro de Vídeo (VAR) no primeiro semestre deste ano de 2019. Com a presença do presidente Rogério Caboclo, que lançou oficialmente a campanha “Respeito essa é a regra do jogo”, foram discutidos os números do arbitro de vídeo e seus efeitos no futebol brasileiro até agora.


Primeiro campeonato da América do Sul a adotar o VAR, o Brasileirão teve, até a penúltima rodada, 764 checagens feitas pelo arbitro de vídeo e 87 revisões, número que representa apenas 10% do total, em 139 jogos. Das 69 mudanças de decisões feitas pelos árbitros de campo, sete representaram situações envolvendo cartões vermelhos, 27 penalidades, 23 impedimentos, entre outros. Os dados oficiais foram levantados pelo Centro de Pesquisa e Análise de Desempenho da CBF.


Leonardo Gaciba explicou que são analisados gols, pênaltis, cartões vermelhos e erros de identidade. Além disso, o chefe da comissão de arbitragem falou como funciona o VAR e a tecnologia do impedimento, avaliando ainda o tempo que as checagens estão levando, que tem uma média de 1 minuto e 54 segundos. Atualmente, o índice de acerto nas decisões dos árbitros é de mais de 90% depois do início do uso de tecnologia.

- A CBF não poupou esforços para ter a melhor tecnologia possível para o VAR. O auxílio do árbitro de vídeo é indispensável para a arbitragem brasileira. Estamos vivendo um processo importante aqui. A partir da primeira partida do segundo turno, o telespectador terá acesso às imagens que o árbitro de campo está olhando ao revisar uma jogada, informando o motivo da checagem e a situação que está sendo revisada. Estamos estudando ainda a possibilidade de colocar as imagens no telão dos estádios também - disse o profissional.


A ideia da Comissão de Arbitragem da CBF e seguir buscando um aperfeiçoamento da ferramenta. Por isso, a ideia é estreitar a relação com os clubes para explicar ainda mais as particularidades do VAR, as orientações e a luta por um futebol melhor, buscando o menor índice de erros possível.


- Podemos melhorar alguns sistemas. Tivemos uma revisão demorada há uma rodada que aumenta a média de tempo, por exemplo. Conseguir juntar agilidade e sem abrir mão da precisão é o mais importante, se torna um processo natural de evolução e maturidade. É impressionante como melhorou desde os campeonatos estaduais. O que estamos aprendendo é que o que a arbitragem entrega é um trabalho de equipe. O mais importante é que a decisão seja correta, e não quem a tomou. Quanto mais o árbitro de campo acerta, menos o de vídeo será utilizado. Esses números melhoraram desde o início da competição. Para mim, o mais importante é que a equipe de arbitragem, como um todo, tome a decisão certa - afirmou Gaciba.


Foto: Fernando Torres - CBF

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