Divergências, salários atrasados e problemas internos: Gerente fala sobre demissão no Brasil de Pelotas
- Peleia FC
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Foto: Divulgação/Brasil
O Brasil de Pelotas vive uma crise técnica, financeira e administrativa. A demissão do gerente de futebol Eduardo Alves evidenciou os problemas do clube dentro e fora de campo. Em entrevista à Rádio Universidade, de Pelotas, o dirigente falou que ficou surpreso com a sua demissão.
"Semana passada tive uma reunião com o presidente, com Bira, atual vice-presidente, onde ambos falaram que me manteriam no cargo e cumpririam o meu contrato até o final. Confesso que recebi com surpresa a notícia. Eu vou fazer uma associação direta ao Bira, ao vice-presidente, porque até então não havia uma conversa nesse sentido. Com a chegada dele, ele me procurou e disse que me manteria de forma espontânea, uma conversa um pouco estranha sem necessidade e fiquei surpreso hoje com a decisão", comentou Eduardo Alves.
O ex-gerente chegou ao Brasil em novembro e fez parte da montagem do elenco de jogadores par 2025. Sobre o Gauchão, Eduardo disse que uma falha no planejamento foi diagnosticada e falada ao presidente, mas ele optou por não mudar. Outra divergência do gerente com a direção foi quanto a saída de William de Mattia faltando uma rodada para o fim da primeira fase.
"Tem algumas decisões que o presidente tomou, sem meu consentimento, como por exemplo, a dispensa do William a uma rodada da primeira fase, foi uma dispensa sem qualquer comunicado a mim e contratou o Pingo sem qualquer consulta a mim. Não tenho nada contra o Pingo, uma pessoa maravilhosa, mas o processo não passou por mim. Logicamente, ele é presidente do clube, ele faz aquilo que entende ser o melhor", declarou Eduardo à RU.
MAIS PROBLEMAS
Além das divergências com a direção, Eduardo Alves revelou mais problemas que o Brasil passa no dia a dia na Série D do Campeonato Brasileiro. São situações que comprovam a fraca campanha do time, lanterna do Grupo A8 com apenas quatro pontos. Um dos problemas é o atraso nos salários.
"Infelizmente tivemos alguns problemas. Um deles, a questão salarial ainda não foi superada. Existe sim um passivo de salário de março, de uma parte de abril. Algumas pessoas, como eu, não recebemos no mês de abril ainda. Confio naquilo que o presidente disse para mim, que me deu a palavra dele, que me pagaria. Isso acaba prejudicando o andar da carruagem", declarou Eduardo que ainda falou da questão estrutural do clube:
"Infelizmente o Brasil sofre com isso. Nós perdemos, por exemplo, o nosso campo de treinamento, a Arena Marini há uma semana da estreia da Série D, obviamente isso causou um prejuízo de trabalho, de treinamento e tudo mais. Então o Brasil sofre muito com essa questão financeira, espero que em breve o Brasil mude, a torcida precisa, o clube, a imprensa e a cidade", finalizou.
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