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Em quarentena, Daronco afirma que sem futebol muitos árbitros não têm renda

Atualizado: 29 de mar. de 2020


Com a paralisação do futebol, não é apenas jogadores e clubes que perdem. Os árbitros também estão parados e alguns dependem do futebol para o sustento. É o caso do árbitro FIFA, Anderson Daronco. Natural de Santa Maria, o profissional da bola está em quarentena na cidade da região central do estado.


No sábado, ele concedeu entrevista ao repórter Marcelo Salzano, da Rádio Bandeirantes. Durante entrevista à rádio da capital, Daronco relatou que essa paralisação afeta diretamente a arbitragem. Segundo ele, para manter a forma os treinos são realizados em casa e frisou que quando o futebol retornar, os árbitros vão sentir a falta de ritmo.


“Estou em quarentena aqui em Santa Maria desde que apitei Caxias x Novo Hamburgo pelo Gauchão. Só saí 1 vez de casa para ir ao mercado. Muitos dependem da arbitragem. Sem fazer jogos, não ganha dinheiro", contou Daronco.


Atualmente o árbitro FIFA gaúcho, postulante a uma vaga na Copa de 2022, tem recebido acompanhamento de um instrutor da Conmebol para não sentir muito o impacto quando a bola voltar a rolar.


Como o próprio Daronco pontuou, sem futebol, os árbitros e auxiliares não recebem dinheiro, pois eles não têm salários. Seus ganhos vem por jogo trabalhado. A cada partida, eles recebem uma cota. Esta paralisação traz a tona um debate antigo, da profissionalização da arbitragem. O grande problema é que ninguém quer se comprometer com os encargos trabalhistas de ter os árbitros como funcionários.


“A gente sempre defendeu a profissionalização dos árbitros. Nessa situação delicada de coronavírus, muitos árbitros não tem renda. Sem jogos para apitar, o profissional não tem como ganhar dinheiro. Com essa parada em função do coronavírus, sem dúvida, pode servir para a gente, de uma vez por todas, batalhar pela profissionalização da arbitragem brasileira", declarou à Rádio Bandeirantes.


Foto: Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação

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