No tribunal das redes sociais, quem viu as imagens da agressão de William Ribeiro ao árbitro Rodrigo Crivellaro pedia o banimento do jogador no futebol. O próprio agredido criticou a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva de punir o jogador com dois anos de suspensão.
Em seu voto na sessão do TJD, o presidente da comissão julgadora explicou por que o atleta não foi banido do futebol. Segundo Camilo Gomes de Macedo, os auditores devem agir conforme os parâmetros da lei, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Conforme explicou, o banimento não está previsto no código.
"Nós atemos aquilo que diz a lei. Se nós formos levar em conta o calor social, a mídia, ou a própria vontade de algum de nós, o banimento seria a pena aplicada. Mas nós não podemos aplicar essa pena, porque ela não está prevista no nosso código. Temos um limitador e esse limitador é feito pelo órgão máximo do futebol internacional que é a FIFA, que determina que a pena máxima para esses casos é de dois anos", explicou o presidente da comissão durante seu voto.
Ele ainda classificou o caso com uma gravidade absurda, mas não pode fugir daquilo que está posto nos códigos desportivos.
"Por mais que o caso tenha uma dimensão, porque é algo surreal. Infelizmente o caso é de uma gravidade absurda. Nós em nenhum momento temos a pretensão ou vontade de acabar com a carreira de alguém. Temos a vontade e pretensão de aplicar a lei, de forma justa, correta e honesta levar a aplicação daquilo que está posto aos códigos que temos que obedecer. E foi feito hoje", declarou Camilo de Macedo.
Foto de capa: Fábio Dutra/São Paulo