Presidente do Pelotas fala sobre saída de Daniel Carvalho e nega conflito

Foto: Lucas Canez - AI/ECP

O Pelotas se manifestou sobre a saída do ex-jogador Daniel Carvalho, que havia anunciado o seu desligamento do clube nas redes sociais. Em entrevista ao programa Futebol Online, da Rádio Universidade, o presidente Rodrigo Brito esclareceu que a descontinuidade da relação se deu por questões de inviabilidade administrativa.

O Acordo de Permuta e os Empreendimentos

Rodrigo Brito confirmou que Daniel Carvalho não possuía um cargo institucional, mas sim um posto remunerado no clube. Além disso, Daniel investiu na reforma de dois empreendimentos dentro do Pelotas (uma academia e uma barbearia).

A questão central do rompimento estava no formato de pagamento. O Pelotas concedeu 12 meses de carência no aluguel dos espaços. Quando estava trabalhando, seu salário equivalia ao valor do aluguel, funcionando como uma permuta.

Fim da Copinha e Inviabilidade Administrativa

Daniel Carvalho alegou que atuaria no vestiário durante a Copinha, e o presidente confirmou que essa era a intenção do projeto. Contudo, Daniel não chegou a exercer a função devido a fatores administrativos e à forma como o acordo de permuta estava estruturado.

A inviabilidade surgiu com a decisão do Pelotas de não disputar a Copinha em 2026 e, consequentemente, ficar sem atividades de futebol profissional até julho.

"Não posso justificar ao Conselho que o aluguel não está sendo pago porque ele está trabalhando no futebol, se não temos futebol," disse Rodrigo Brito à Rádio Universidade.

O presidente reconheceu que a situação da carência do aluguel e a ausência de Daniel no vestiário contribuíram para o afastamento, mas fez questão de negar qualquer desentendimento pessoal.

"Gosto muito dele. Não há rusga alguma. As portas do Pelotas seguem abertas enquanto eu for presidente," finalizou Brito, garantindo que o desligamento foi puramente contratual e financeiro.