Presidente do Ypiranga desabafa após eliminação na Série C e fala em "trairagem"
- Peleia FC
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Foto: Brayan Brandão/Ypiranga/Divulgação
O presidente do Ypiranga, Adilson Stankiewicz, não mediu palavras ao analisar a participação do clube na primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro. Em entrevista reproduzida por GZH, o dirigente usou o termo "trairagem" para descrever o que, segundo ele, foi um ano de bastidores turbulentos e que afetou o desempenho do time na reta final da competição.
Em uma declaração forte, Stankiewicz explicou que a saída de profissionais no meio da temporada desestabilizou o vestiário e prejudicou o foco dos jogadores.
"O vestiário é muito sensível e qualquer mudança contrária é sentida, ainda mais quando você tem uma equipe montada por um profissional, quando você está no meio de uma temporada sendo conduzida por outro profissional e essas pessoas lhe deixam", disse
Ele disse que as propostas que chegaram para os atletas, embora "naturais", acabaram afetando a produtividade do grupo.
"Tentamos bloquear, mas chegam várias propostas para os atletas, que é natural, mas isso atrapalha. O atleta conscientemente ou inconscientemente baixa sua produtividade, porque cada um pensa apenas em si. O resultado depende do coletivo, e se um atleta estiver desfocado no jogo, ele compromete o trabalho de 60 pessoas", destacou.
O presidente foi ainda mais enfático ao falar sobre as supostas "facadas nas costas" que a diretoria teria sofrido.
"Tivemos essa queda de rendimento na reta final de competição porque sofremos por alguns processos muito ruins, inclusive de questões éticas. É difícil de falar, mas no futebol a palavra certa é trairagem. A trairagem acabou trazendo tumulto e o vestiário é algo muito sensível e essas coisas infelizmente atrapalharam demais. Foi o ano que eu mais me senti traído e por pessoas que eu tinha a máxima confiança", desabafou.
Apesar dos problemas, Stankiewicz considera a temporada "vencedora". Ele mencionou a conquista da Taça Farroupilha, a vaga na Copa do Brasil 2026 e a permanência na Série C como pontos positivos. "Queríamos muito ter avançado entre os oito, porque tínhamos elenco para brigar pelo acesso", admitiu.
No entanto, ele relativizou a eliminação ao comparar a situação do Ypiranga com a de outros clubes de maior expressão que foram rebaixados. "Se acharem que isso não está bom, perguntem para CSA e ABC, que são duas potências no país, se eles não gostariam de se manter na competição", provocou.
Em 31 jogos disputados na temporada, o Ypiranga teve um aproveitamento de 48%, com 12 vitórias, dez derrotas e nove empates. A campanha garantiu os objetivos traçados pela diretoria no início do ano, mesmo com o desfecho amargo na Série C.
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