Após pedir demissão do Brasil de Pelotas, o técnico Rogério Zimmermann convocou uma entrevista coletiva. Durante uma hora, em um hotel da cidade, o treinador deu os motivos que o levaram a pedir desligamento do clube. Conforme publicação do jornal Diário Popular, entre os motivos estão a paralisação dos atletas nos dias 28 e 2, o não cumprimento da promessa de manter o salário do grupo em dia e investimentos no Centro de Treinamentos do clube. Ainda nessa lista entra a falta de planejamento para poder investir mais em 2020.
O treinador contou que para retornar ao Xavante para a Série B do Brasileirão pediu apenas que os salários dos jogadores fossem pagos em dia. A quebra desse pilar foi um dos pontos principais para a sua decisão.
"Quando foram à Porto Alegre, eu perguntei qual era o orçamento. Não estipulei, apenas pedi que pagassem em dia. Foi a única exigência. Prometeram. Você acredita nas pessoas. Trabalhei um mês, aí não pagam os jogadores. Normal no futebol. Aí tu conversa, te fazem promessas, Você acredita nas pessoas", disse o treinador.
Durante dois dias, devido a falta de pagamento, os jogadores paralisaram as atividades, nos dias 28 e 2. Este teria sido outra questão primordial. Conforme a fala do treinador, reproduzida na edição online do jornal, essa questão foi recente, na semana passada. "Se tivesse acontecido antes, eu teria saído antes", justificou Zimmermann.
Em nota, o Brasil disse ter sido surpreendido com o pedido de demissão. Contudo, o comandante técnico revelou ter avisado a diretoria na semana passada que deixaria o clube. "A comissão técnica sabia. Edinei, Camilo, Leite, Aguiar e o Diogo foram na minha sala e falaram 'se tu sair, a coisa ficará mais difícil'", detalhou.
Na próxima segunda-feira, o Bolívar, ex-jogador do Internacional, assume como técnico do Brasil de Pelotas para a sequência da Série B.
Foto: Carlos Insaurriaga/Brasil-PEL/Divulgação
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