Clube vai a julgamento por racismo e pode perder mandos de campo na Divisão de Acesso 2026
- Peleia FC

- 2 de nov.
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O Veranópolis vai enfrentar um julgamento crucial nesta segunda-feira, dia 3 de novembro de 2025, que pode resultar em punições severas, incluindo a perda de mando de campo para a próxima temporada. O clube será julgado às 17h00 no Plenário do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) por um incidente de racismo ocorrido na semifinal da Divisão de Acesso.
O caso remete ao confronto de volta contra o Inter de Santa Maria, no Estádio Presidente Vargas, que culminou com o acesso do time de Santa Maria à elite do Gauchão.
O Caso e a Súmula
Na ocasião, um segurança que trabalhava no estádio foi alvo de manifestações racistas por parte de um torcedor do VEC. A denúncia ganhou gravidade porque o agressor estava em um espaço reservado à direção do Inter SM e seria parente de um dirigente do Veranópolis.
O árbitro da partida, Jean Pierre, incluiu o fato na súmula, relatando que foi informado sobre a manifestação racista por um observador de intolerância, embora não tenha presenciado o ato. O agressor foi prontamente identificado, detido e levado à delegacia, onde a denúncia foi formalizada.
Denúncia e as Penas Previstas
O Veranópolis foi denunciado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que tratam de responsabilidade e discriminação:
Art. 213, I (Deixar de tomar providências): Relacionado à incapacidade de prevenir e reprimir desordens na praça de desporto.
PENA: Multa de R$ 100,00 a R$ 100.000,00.
Art. 243-G (Praticar ato discriminatório): Trata do ato de preconceito em razão de raça ou cor, praticado por pessoa natural submetida ao Código.
A maior preocupação do clube reside no § 3º do Art. 243-G, que permite ao órgão judicante aplicar penas mais duras, como a perda de mando de campo (inciso VII do Art. 170), caso a infração seja considerada de extrema gravidade.
Além disso, o § 2º prevê multa para a entidade cuja torcida praticar os atos, e os torcedores identificados podem ser proibidos de frequentar o estádio por, no mínimo, 720 dias.
A decisão desta segunda-feira será crucial para o planejamento do Veranópolis em 2026, podendo afetar sua capacidade de mandar jogos em seu estádio.






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