Ponte Preta tem contas bloqueadas após não pagar indenização ao Rio Grande; entenda o motivo

Uma disputa histórica pelo título de "o clube mais antigo do Brasil" ganhou um novo e decisivo capítulo nos tribunais. A justiça determinou o bloqueio das contas da Ponte Preta, em um desdobramento de uma ação movida pelo Rio Grande.

A briga judicial começou em 2015, quando a Ponte Preta viajou para os Estados Unidos para uma pré-temporada e exibiu faixas indicando ser o time mais velho do país. O clube gaúcho, fundado em 1900, que é de fato o mais antigo, entrou com um processo na justiça.

Em 2022, o Rio Grande obteve uma vitória na ação de indenização e a justiça determinou que a Ponte Preta pagasse R$ 2 milhões pelo uso indevido da marca. Além disso, o clube paulista foi obrigado a parar de usar o termo e a fazer uma retratação pública. O valor original pedido na ação era de R$ 50 milhões.

No entanto, a Ponte Preta não atendeu à demanda judicial, nem buscou um acordo para o pagamento. Diante do descumprimento, foi solicitada a penhora de bens e valores do clube paulista. O pedido abrangeu quantias pagas pela CBF, receitas de venda de jogadores, cotas de patrocínio e até a renda de eventos realizados no Estádio Moisés Lucarelli, conforme informação do jornalista Rafael Divério, de GZH.

A decisão judicial foi confirmada pelo presidente da Ponte Preta, Marco Eberlin, em entrevista à Rádio Bandeirantes, onde ele confirmou o bloqueio: "Perdemos em segunda instância também e tem um pedido de bloqueio na ordem de R$ 9 milhões", revelou o dirigente.

O valor total de R$ 9 milhões corresponde à correção monetária e as custas advocatícias desde a sentença. A decisão da justiça coloca a Ponte Preta em uma situação financeira ainda mais delicada. O clube convive com atraso de salários do elenco na Série C do Brasileirão. Já a decisão da justiça reforça a vitória jurídica do Rio Grande na defesa de sua história e marca.